terça-feira, 1 de maio de 2012

Duran Duran rocks Brasilia!

Por Marcello Azolino

Com um repertório inspirado e uma banda afiada, o Duran Duran apresentou um show eficiente para uma platéia de 1,6 mil pessoas (número apresentado pelo Correio Braziliense). A apresentação ocorreu no sábado, dia 28 de abril, no Centro de Convenções, com talvez 60% do local ocupado por fãs do grupo inglês, um quórum muito baixo para uma banda que já lotou estádios e ginásios pelo mundo afora.

 O set list foi um apanhado de três décadas de trabalho que incluiu desde músicas do álbum mais recente “All you need is now”, produzido pelo popular Mark Ronson, até os álbuns antológicos do grupo como “Rio”, “Arena” e “Duran Duran”.

 Daí veio a música de abertura, Before the rain, uma balada pontuada por um clima épico de hino bastante apropriado para as boas vindas da banda. Em seguida, regrediram algumas décadas atrás para explorar a bem sucedida Planet Earth bem do inicio da carreira do Duran. Emendaram A View to a kill para refrescar a memória do público da participação deles na franquia de James Bond, afinal só artistas que experimentaram sucesso na carreira foram convidados para fazer alguma das músicas tema do personagem icônico de Ian Flemming. Bon, Simon Lebon.

 Em determinado momento, Simon Lebon desceu do palco e interagiu com o público ao pedir ajuda a um fã para entoar as vocalizações do inicio do hit “The Reflex”. A platéia agradeceu a espontaneidade daquele momento. Outros hits memoráveis vieram como a balada Come undone e Is there something I should know. Até Save a Prayer, que não costuma pintar nos setlists dos útimos shows, deu as caras para delírio dos fãs que cantaram em coro “Don’t say a prayer for me now, save it to the morning after”.

 Notorius quebrou a onda de músicas lentas, para, em seguida, chamar ao palco Fernanda Takai, do Pato fu, pra fazer um duet em Ordinary World. Visivelmente encabulada de dividir o palco com o Duran Duran, se saiu bem e acabou sendo um reconhecimento para o trabalho da Takai. Inclusive, na turnê dela do cd em homenagem a Nara Leão já fazia um cover de ordinary world.

 A quantidade de hits não cessou, pois logo vieram Hungry like the wolf, Wild boys e o bis com uma Girls on film alongada propositadamente para apresentação de cada membro da banda se exibir em seu respectivo instrumento, culminando com a sensacional Rio.

 Foi um passeio pela carreira respeitável de uma banda que marcou uma geração e continua provando que ainda tem tino para música. A própria aproximação deles de produtores como Mark Ronson e Justin Timberlake, que teve envolvimento na produção do álbum Red carpet massacre, demonstra que eles têm buscado se reciclar e bravamente se manter ativos. Não é todo dia que podemos presenciar uma banda pop com essa qualidade e com essa bagagem.No-no-notorius!




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